De acordo com dados do IBGE, 6,2% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Todos os dias essas pessoas enfrentam inúmeras dificuldades para conseguir viver dignamente em um país que oferece pouquíssima – em alguns Estados nenhuma – estrutura para suas necessidades. Não foi diferente para Paola Klokler, que nasceu com má-formação congênita no membro inferior esquerdo e, desde muito nova, teve que enfrentar, além das dificuldades, o despreparo da família em lidar com sua suposta limitação.
“Sou de uma família tradicional e na época do meu nascimento eram muito rígidos e conservadores; meus avós não conseguiam aceitar o fato de ter uma neta com deficiência, para eles não era normal. Para ajudar, meu pai biológico decidiu sumir quando eu tinha alguns meses de vida. Minha mãe e eu morávamos com meus avós e, apesar de me amarem muito, todos tinham muita dificuldade em visualizar um futuro para mim. Isso é até compreensível, porque a deficiência não faz parte da vida da maioria das pessoas e elas simplesmente não sabem lidar com a situação. Hoje eles tem outra visão, me apoiam e se orgulham de mim!”, conta.